domingo, 24 de fevereiro de 2013

DISPUTA POR MINISTÉRIOS..................


Disputa acirrada de partidos por ministérios

24.02.2013
Além de PDT, PR e PP barganharem, o PMDB mineiro ameaça inviabilizar a repetição da aliança com o PT
Brasília. Para saciar o apetite dos aliados assediados por adversários, a presidente Dilma Rousseff tem à mão, para negociar, ministérios para os quais fez indicações pessoais: Transportes, que o PR deseja retomar para voltar à base governista; Trabalho e Emprego, que o PDT de Carlos Lupi quer voltar a comandar; e Agricultura. Leonardo Quintão (PMDB-MG), por exemplo, poderia ir para a Agricultura no lugar de seu colega gaúcho Mendes Ribeiro. A vocação agrícola de Minas ajudaria a justificar a mudança.

O ex-ministro dos Transportes, senador Alfredo Nascimento (PR-AM), e o presidente do partido, Anthony Garotinho (PR-RJ), estiveram no Planalto negociando seus retornos à base governista, desde que retomem os Transportes FOTO: AGÊNCIA SENADO

No PR, o ex-ministro dos Transportes e presidente do partido, senador Alfredo Nascimento (AM), e o líder na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), já estiveram no Planalto negociando seus retornos à base, desde que tenham de volta o Ministério dos Transportes, alvo de cobiça também do PMDB. O PR já estaria disposto a voltar por menos: retomar o poder apenas no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na Valec, responsáveis pelas obras em rodovias e ferrovias. Mas não será fácil a presidente aceitar essa proposta, pois os dois órgãos foram focos de denúncias de corrupção em 2011.

Já o comando do PDT quer emplacar o secretário-geral do partido, Manoel Dias, ligado ao presidente da sigla, Carlos Lupi, no lugar de Brizola Neto, no Trabalho. Sem apoio partidário, por ser considerado escolha pessoal de Dilma, Brizola Neto perdeu sustentação na Força Sindical.

Segundo pedetistas, Dilma ofereceu a Lupi a possibilidade de o PDT trocar Brizola Neto por quem o presidente do partido queira. Em contrapartida, quer amarrar desde já o apoio do PDT à sua reeleição. Lupi não teria aceito a condição e aproveita o assédio da oposição para recuperar poder junto a Dilma, enquanto outros pedetistas dizem negociar com Campos ou Aécio.

O PTB, outro partido da base aliada parece mais decidido. "O PTB vai com Eduardo Campos e não tem conversa", afirma o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).

Aliados periféricos
Fidelidade à chapa governista, até agora, só mesmo do PCdoB. O partido começou pesado o ataque especulativo de partidos da base governista, que procuram levar vantagem na reforma ministerial prometida para março.

Como dona da caneta das nomeações, Dilma Rousseff está sendo mais atacada pelos partidos aliados periféricos, que foram "jogados fora" na época da chamada faxina ética, e agora veem a chance de dar o troco.

Mas não só PDT, PR e PP procuram se reposicionar conversando com candidatos à presidência em 2014. Setores do PMDB sinalizam que podem inviabilizar a repetição da aliança PT/PMDB, se não forem bem atendidos e compensados. É o caso do PMDB mineiro, que briga por um ministério desde que o deputado Leonardo Quintão renunciou à candidatura a prefeito de Belo Horizonte em favor do petista Patrus Ananias. 

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