sexta-feira, 11 de abril de 2014

GESTO SANTO




Papa Francisco pede perdão por atos de



padres que abusaram de crianças



Pontífice falou a grupo que defende os direitos das crianças.
Ele pediu perdão 'pessoalmente' pelos danos causados.

Da Reuters
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Papa Francisco fala com fiéis durante a audiência geral desta quarta-feira (9) (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)Papa Francisco fala com fiéis durante a audiência
geral desta quarta-feira (9) (Foto: Alessandro
Bianchi/Reuters)
Papa Francisco pediu nesta sexta-feira (11) perdão pelos atos dos padres que molestaram crianças, em suas palavras mais fortes até então sobre o escândalo de pedofilia que atingiu a Igreja Católica.
“Eu me sinto compelido a assumir pessoalmente todo o mal cometido por alguns padres, poucos em número, obviamente não comparáveis ao total de padres, e a pedir pessoalmente por perdão pelos danos que eles causaram por terem abusado sexualmente de crianças”, disse o Papa a membros do Escritório Internacional Católico para a Infância (BICE), segundo a Radio Vaticano.
Seu antecessor, Bento XVI, havia pedido pessoalmente perdão pelos abusos, mas esta é a primeira vez que Francisco faz o pedido, apesar de ter denunciado o crime em diversas oportunidades.
"A Igreja é consciente deste mal. Não queremos recuar no que diz respeito a este problema e às sanções que devem ser adotadas".
"Penso que devem ser muito fortes! Não se brinca com as crianças", completou o papa.
O Comitê de Direitos das Crianças das Nações Unidas divulgou no mês passado um relatório muito crítico sobre a atitude do Vaticano na luta contra os abusos sexuais de menores de idade. O documento reprova a não obrigatoriedade das denúncias à justiça nas dioceses e o fato da igreja ter mantido em sigilo as investigações eclesiásticas.
O Papa Francisco anunciou a criação de uma comissão de especialistas para a proteção das crianças em todas as instituições da Igreja.
Milhares de crianças sofreram abusos sexuais por parte do clero em muitos países, em particular na Irlanda e Estados Unidos. Muitos casos aconteceram nas décadas compreendidas entre 1960 e 1990.

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