terça-feira, 13 de maio de 2014

ILEGALIDADE DA GRAVE


Rio Ônibus entra com ação no TRT pedindo ilegalidade da greve

Sindicato das empresas quer que paralisação seja considerada abusiva.
Decisão pede que líderes grevistas mantenham distância de garagens.

Do G1 Rio
Paralisação dos rodoviários deixa pontos de ônibus cheios na Central do Brasil  (Foto: Daniel Silveira/G1)Paralisação dos rodoviários deixa pontos de ônibus cheios na Central do Brasil (Foto: Daniel Silveira/G1)
O Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio) informou, por volta das 6h20 desta terça-feira (13), que vai entrar nesta manhã com um pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que considere ilegal e abusivo o movimento grevista convocado por um grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus, nesta terça e quarta-feira, na cidade do Rio.
Anteriormente, às 5h30, a entidade havia informado que a Justiça do Rio, por meio de uma decisão tomada pelo plantão judiciário, considerou ilegal o movimento grevista convocado por um grupo de rodoviários que anunciou a paralisação do serviço de ônibus nesta terça e quarta-feira.
Numa nova nota, o sindicato das empresas informou que a decisão da juíza Andréia Florêncio Berto determina que quatro líderes da comissão, identificados como Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, são obrigados a se abster de "promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)". A questão da ilegalidade da greve, porém, não foi citada.
Ainda de acordo com a decisão, que cita a violência praticada na paralisação do dia 9 de maio, foi fixada multa de R$ 10 mil por cada ato de descumprimento das determinações.
Paralisação de 24 horas
Começou às 0h desta terça-feira (13) a nova paralisação de rodoviários dissidentes do Sindicato de trabalhadores de transporte urbano(Sintraturb). A paralisação vai durar 48 horas. Na última semana, no dia 8 de maio, o grupo havia comandado a paralisação de advertência de 24 horas no município do Rio.(entenda o impasse que levou à greve).

A decisão foi tomada após uma audiência que terminou sem acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) na segunda (12), com representantes dos grevistas, do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb-Rio) e da Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas. Após a decisão, o grupo saiu em passeata pelo Centro da cidade, causando interdições de vias.
Segundo o TRT, o processo segue o trâmite normal e o sindicato tem até cinco dias para preparar uma defesa. Em seguida, o patronal tem o mesmo prazo para apresentar uma espécie de tréplica. Somente depois desses prazos o Ministério Público do Trabalho apresenta um parecer para a marcação do julgamento.
A Rio Ônibus considera o movimento abusivo e ilegal por estar sendo organizado por um grupo de rodoviários que não tem legitimidade nem representatividade legal da categoria. “Mais uma vez o ato anunciado não respeita os princípios e requisitos da lei de greve, que prevê o aviso da paralisação com 72 horas de antecedência e a sua votação por uma assembleia oficial do sindicato que representa os profissionais”, diz a nota.
Ainda segundo a Rio Ônibus, os quatro consórcios que abastecem a cidade, Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz, vão manter suas frotas prontas para operação, “mas a circulação dependerá da chegada dos motoristas ao trabalho e das condições de segurança, já que na primeira paralisação centenas de veículos foram atacados”.

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