Eduardo Campos: Era bom demais para ser verdade
Em artigo enviado ao Blog, o presidente da EMPETUR no
primeiro ano do Governo Eduardo Campos, ex-secretário de Turismo do
Ceará e ex-presidente da Fundação de Turismo Integrado do Nordeste,
Allan Aguiar, destaca a carreira política de Eduardo Campos. Confira:
Excelente pai, esposo, filho, irmão, neto, sobrinho, etc. Família
estruturada na união, no amor, no respeito e na disciplina.
Simplicidade, alegria, tranquilidade, liderança, firmeza, conhecimentos,
habilidades e, principalmente, atitudes. Bem sucedido, amigo e
admirado. Sólidas crenças e valores. Tinha muito berço. Somente pessoas
muito amadas alcança esse estágio. De fato, uma criatura de outro mundo.
Ele provou que uma pessoa que reúne essas características pode ser um
Político e que, portanto, nem tudo está perdido por aqui. Um dos
legados dele é servir de luz no fim do túnel com a certeza de que não se
trata de um trem em direção contrária. Outro legado dele é que um
político bom de voto pode ser melhor ainda de gestão. Eduardo sabia que
após eleição vem gestão e que a longevidade de quem vive de voto é a
aprovação e reconhecimento das pessoas de que não apenas suas vidas
melhoraram, mas também que a figura do seu governante é confiável,
consistente e madura.
Quem trabalhou com ele sabe do seu refinamento
administrativo, foco, zelo, transparência, objetividade e excelente
formação técnica. Escolhia bem sua equipe e por isso tinha o Governo na
mão e na cabeça, inclusive os números. Dava o exemplo sabendo que este
arrasta e que palavras apenas sensibilizam.
Sabia que para reinventar Pernambuco e sua combalida economia
precisaria do apoio do Governo Federal. Conseguiu tudo ou perto disso,
ao ponto dos demais Estados do Nordeste reconhecerem, intramuros, que a
locomotiva da região estava migrando da Bahia para Pernambuco.
Seguiram-se os mais importantes investimentos públicos estruturadores,
os quais despertaram a atenção do capital privado que tem, na nova
fábrica da FIAT, seu melhor representante. Pernambuco se divide em duas
épocas modernas: AE e DE. Gostem dele, ou não.
Outra característica desse notável brasileiro era sua disposição de
permitir e fomentar o aparecimento de novas lideranças. Gostava de
lançar para o eleitorado, novos e promissores nomes. Profissionais de
sua equipe que se destacavam em suas áreas de atuação eram premiados com
a chance de serem testados no comando de estruturas públicas.
Carismático, se comunicava muito bem e com convicção. Tinha enorme
facilidade de concatenar as idéias provenientes de seus ideais. Queria
virar Presidente do Brasil para reproduzir em escala nacional a agenda
implementada em Pernambuco. Recomendava aos brasileiros para que não
desistissem do Brasil, já sabendo que até a classe média vem ousando
planejar comprar imóveis em outros países.
Mas a vida segue e o Brasil continuará a existir sobre as tragédias.
Uma vida toca e transforma muitas outras. Airton Senna também morreu
muito jovem, mas conseguiu ser tricampeão. Caso Senna vivo fosse Michael
Schumacher não teria sido campeão sete vezes. Caso não morresse agora
Eduardo Campos também daria muito trabalho as forças hoje dominantes.
Mas isso é especulação.
A propósito, ele também era planejado, ousado e tinha inteligência, inclusive a emocional.
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